segunda-feira, 24 de maio de 2010
Os espaços vazios
Foto Rodrigo terra
Meus instrumentos de trabalho
Hoje aconteceu uma coisa curiosa, me deu vontade de escrever aqui. Não é um relato de história nem um convite. É um fragmento um pequeno encontro.Eu estava chegando a livraria da vila para uma reunião de um trabalho sobre o tempo. Chama-se linhas de fronteira.
Eis que encontro uma moça que fez um curso de psicanálise comigo no ano passado. Minha curiosidade pela psicanálise vem das histórias. É sempre muito revelador para mim.
Ela me reconheceu, parou perto de mim me chamou pelo nome ( que vergonha, não lembro o nome dela) e me falou de uma colocação minha em aula. Falou que se lembrava que a imagem era muito nítida e que era para eu registrar de alguma forma.
Lembrei depois dela da aula, sobre o inconsciente. Como lidamos com as faltas mais intensas e estruturais? Seriam buracos? Espaços vazios?
Naquele dia falei que me pareciam como espaços em um croché. Espaços cercados de conexões, linhas que se cruzam formando outros desenhos. Ali estavam as faltas. Nos espaços nem cheios, nem vazios ligadas a todo resto impossível de serem cerzidas.
Bom aqui está a imagem descrita um ano seguinte a aula.
Acho que as histórias tocam um pouco essas lacunas.
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